Tuesday, September 25, 2007

Monday, September 17, 2007

Estado da Educação


Não são os números das listas de docentes não colocados que mostram que a Educação vai mal neste País. O que mostra que a Educação vai mal é o estado visível da mesma. Basta olhar, com sentido crítico, para aquilo que são as condições de ensino para o perceber. E, no final, será fácil entender que o problema também são os docentes extremamente necessários que ficam por vincular e contratar.

Ensino Pré-Escolar

Começando pela base, os alicerces da Educação, uma fase reconhecidamente fundamental no desenvolvimento de capacidades e competências, a Educação Pré-escolar, é uma palhaçada.

Neste país, não é mais do que um local onde as Educadoras de Infância tomam conta das crianças, entretendo-as a fazer uns desenhos e umas pinturas, não havendo condições para um trabalho sério.

O país forma, e bem, profissionais para uma realidade e, após a conclusão do curso, apresenta-lhes outra, a qual podemos considerar miserável.

Em primeiro lugar, o Ministério não tem definido um currículo de competências a desenvolver, mas sim umas orientações, o que por si só já é sinónimo da pouca importância atribuída a este nível de ensino. Ou seja, estamos numa área fundamental vazia de objectivos curriculares.

Em segundo lugar, os estabelecimentos existentes servem uma minoria das crianças e não apresentam condições físicas capazes de oferecer um ensino Pré-escolar digno da importância do mesmo, hipotecando uma formação capaz de dar aos alunos as competências fundamentais nas diferentes áreas.

Quando a Senhora Ministra diz que não precisa de Educadoras de Infância, deveria poupar esse esforço e começar a pensar em reformular a Educação pela sua base, criando uma rede de estabelecimentos para todos, com um currículo definido e salas para as diferentes faixas etárias (3, 4 e 5 anos). E aí, teria de reformular a sua frase e dizer que as mesmas não chegavam.

A isto eu chamo progredir e investir no futuro do país. Era isto que deveria ser exigido pela população. O resultado seria uma merecida Educação Pré-escolar para todos e alunos mais capazes e mais competentes para o desenvolvimento das aprendizagens, situação que influenciaria todo o percurso académico e, consequentemente, a formação geral da futura população adulta do nosso país.

1.º Ciclo do Ensino Básico

Nas escolas do 1. º Ciclo do Ensino Básico verifica-se, de forma clara, uma redução das condições de trabalho. A prioridade tem sido, pura e simplesmente em nome da redução de custos, a redução das turmas e o aumento do número de alunos das mesmas.

Havendo alunos com Necessidades Educativas Especiais, não há Professores de Apoio para os mesmos. Claro que se perguntarem à Senhora Ministra, ela responde que os há. De facto, haver um para quinze escolas, faz com que haja mesmo, o que faz as suas palavras verdadeiras. Mas sinceramente, quem tiver dois dedos de testa, percebe facilmente que são insuficientes.

Em termos de infra-estruturas, a maioria das escolas não oferece condições de trabalho, sobretudo para as áreas das Expressões Física e Musical. Já para não falar das condições de conforto das mesmas, num país onde os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia se reúnem em mesas de 25 mil euros desenhadas por Siza Vieira.


Encerramento de Escolas

Ainda neste ciclo, caso polémico tem sido o do encerramento de mais de duas mil escolas. E, neste ponto, concordo com o encerramento de algumas. Não faz muito sentido verificarmos que, na mesma freguesia, existam, por exemplo, 3 ou 4 escolas com 10 alunos cada. No entanto, o encerramento terá de ser acompanhado, caso seja necessário, com o desenvolvimento dos espaços físicos de uma delas (a mais central ou a que apresentar melhores condições físicas) a afim de receber todos os alunos com condições para o ensino.

É o que acontece? Quantas vezes os alunos são empurrados para escolas distantes ou para locais sem as mínimas condições? Será normal que tal aconteça? Não merecem estes alunos uma educação de primeira?

E, por acaso, já alguém pensou que é a ausência de condições nalgumas destas escolas que leva os Encarregados de Educação a transferir os seus filhos para escolas situadas nas cidades? Já alguém pensou que, noutras condições, não se verificaria a desertificação das mesmas? Ou tudo tem a conveniente explicação da baixa natalidade?

Acho que quem paga impostos deveria exigir uma educação de qualidade, capaz de promover o desenvolvimento do nosso país. Caso contrário, onde está o sentido de pagamento dos mesmos? Infelizmente, para a maioria da população o único sinal de alarme é o Centro de Saúde lá da terrinha a encerrar.

Um dia destes a Senhora Ministra dizia que o Ministério não podia colocar todos os 50 mil docentes que concorreram. E já estou a ver as famílias reunidas a jantar e a dizer "Ah pois não...isto não é assim!" É verdade. Mas ninguém disse que o país precisava desses 50 mil. Mas, se calhar, de metade precisava. Ninguém exige a contratação de quem não é necessário. Exige-se a contratação de gente necessária ao Sistema de Ensino. Essas famílias que olhem para as escolas onde têm os filhos e verifiquem as condições das mesmas. Analisem a constituição das turmas. Questionem por que motivo há 20 alunos de um determinado ano distribuídos por anos lectivos diferentes, não formando os mesmos uma só turma. Verifiquem os alunos com dificuldades de aprendizagem e vejam quantas horas por semana têm direito a apoio educativo.

Mais, olhem para as actividades de enriquecimento curricular e avaliem-nas. Por que motivo muitas são garantidas por gente sem formação. Por que motivo o Agrupamento não coloca Professores das áreas abrangidas (Inglês, Educação Física, Educação musical, Expressão Plástica, etc.), formados, pelas Escolas Superiores, para o respectivo grau de Ensino, a garantir o ensino nas Escolas dos mesmos, em vez de serem as Câmaras Municipais a contratar empresas que por suas vez, com base na exploração, contratam quem por lá cair, para garantir estas actividades? Mas nós formamos, temos necessidade, e depois não recorremos a quem investimos? Alguém me explica?

É frustrante ouvir a Ministra gabar-se desta palhaçada de actividades e não haver ninguém que a ponha perante estas questões. Não basta dizer que se faz e está concluída a questão. Há que saber e observar como se faz. De facto, as mesmas seriam uma grande aposta, caso fossem desenvolvidas de forma séria. A verdade é que o Ministério não o faz com seriedade. Criou, publicitou e libertou-se das mesmas sem garantir a sua lógica e qualidade. Afinal, o essencial está lá...a publicidade ao Governo...que fez! Fez, mas fez MAL!

No fundo, a Educação vai mal porque não é uma aposta. Ao contrário do que se apregoa, não está a evoluir. Está, claramente, a regredir.

É triste perceber que o motivo de tal situação é o corte orçamental. Custa-me acreditar que não exista uma consciência dos membros do Governo de que a área está a ser mal conduzida.

E é tão fácil perceber que tudo é política e que tal opção não é compatível com o investimento e evolução na educação, nos alunos e no futuro do País.

Friday, September 14, 2007

Gone Baby Gone

"Gone Baby Gone", realizado por Ben Affleck, deveria estrear, em Novembro, no Festival de Cinema de Deauville (França). No entanto, devido à semelhança com a história de Madeleine McCann, a estreia do mesmo será adiada.

Se até então nunca se tinha ouvido falar do filme, o mesmo passou a ser notícia em toda a imprensa.

Provavelmente, quando finalmente estrear, voltará a ser alvo de grande publicidade devido às casuais semelhanças publicitadas pelo próprio realizador.

Publicidade garantida, portanto.

Thursday, September 13, 2007

Dreams in Colour


"Dreams in Colour", é o título do terceiro disco a solo de David Fonseca, depois de "Sing Me Something New" (2003) e "Our Hearts Will Beat As One" (2005). O regresso de um dos mais talentosos criadores da música produzida em Portugal.Este trabalho, em preparação há alguns meses, já nos havia revelado "Superstars", uma canção que tem obtido assinalável sucesso, estando desde há semanas no Top 10 de airplay das rádios nacionais. Esta canção marcou também o regresso de David Fonseca à realização de videoclips. Depois de em 2006, ter realizado em parceria com Augusto Brázio o clip de "Hold Still" (recentemente premiado no ViMus - Festival Internacional de Vídeo Musical), "Superstars" mereceu uma realização a "solo", e o resultado não podia ser melhor: estreado online, é o vídeo musical mais visto de sempre no portal do Sapo, com mais de 35 mil visitas. Aliás, a internet e o vídeo têm sido a forma privilegiada para David Fonseca nos apresentar "Dreams In Colour". Assim, para além do vídeoclip de "Superstars", David Fonseca produziu uma série de webisódios com grande sucesso no referido portal: "É uma oportunidade de levar as pessoas aos bastidores da música e de mostrar uma perspectiva diferente sobre o acto criativo de fazer um disco", diz David. Acções reveladoras da multidisciplinariedade da personalidade artística de David Fonseca que terão com certeza sequência nas próximas semanas.

"Dreams in Colour" é constituído por 10 faixas. Para além do hit “Superstars”, poderão ser encontrados os temas "4th Chance", "Kiss Me, Oh Kiss Me", "Silent Void", "This Wind, Temptation", "I See The World Through You", "This Raging Light", "Feet On Stones", "Dreams in Colour" e, a inesperada e surpreendente versão de “Rocket Man”, tema de Elton John.

De acordo com as palavras de David Fonseca, "Este é um disco mais nervoso, mais eufórico, com os altos e baixos que caracterizam qualquer euforia. Costumo falar nele como uma espécie de viagem ao meu novo mundo, cheio de novas descobertas e surpresas, talvez por sentir que a minha música está cada vez mais próxima do que vejo e do que sinto."

Com produção assinada por Nélson Carvalho e David Fonseca, "Dreams In Colour" vai chegar às lojas a 8 de Outubro. "Dreams in Colour" terá, para além da edição normal, uma edição especial e limitada: um digipack com booklet de 24 páginas com a reprodução de polaroids exclusivas da autoria de David Fonseca e um DVD extra "David Fonseca Dreams In Loop Live", um registo ao vivo de algumas canções deste disco.

Fonte: http://www.universalmusic.pt/